Rodrigo Dourado fala sobre sua ascensão meteórica

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Rodrigo Dourado fala sobre sua ascensão meteórica

O nosso ídolo e craque, Rodrigo Dourado, falou sobre sua carreira e sua ascensão que foi muito rápida.

O jogador que começou a receber oportunidades no começo do ano passado quando na ocasião o treinador era Aguirre.

Confira os principais trechos da entrevista do volante:

Você acredita estar mais maduro após um ano como titular?Antes eu só jogava na base, não tinha uma sequência como profissional. Hoje sou um dos líderes do grupo, quero crescer ainda mais. As minhas atuações dentro de campo dão respeito do grupo, da direção, do torcedor. Passa confiança, dentro e fora do campo. Eu estou criando uma liderança pessoal. Na base eu tinha isso. Como sou novo, ano passado tinha muita gente mais velha, acho que me fechei um pouco nesse sentido de liderança. Esse ano é diferente. Cabe a mim ter essa personalidade para exercer essa responsabilidade.

O grupo sentiu a saída de estrelas como D’Alessandro, Juan, Dida?
No ano passado tínhamos o Juan, o D’Alessandro, o próprio Dida, que segue conosco esse ano, fazendo estágio com o Argel, são jogadores fora de série, que passavam muita coisa boa para a gente, que já viveram muitas coisas no futebol e sabem o que nos dizer e em que momento dizer. Esse ano tem o Alex, o Anderson – que mesmo não sendo tão velho já viveu muito. Eu procuro, sim, ser exemplo para os mais jovens. Mais difícil do que chegar ao profissional é se manter no profissional. Eu consegui isso com uma base boa e com muitas oportunidades. Tenho de passar para os mais jovens que esse é um ano importante para nós, que temos de trabalhar duro porque a oportunidade pode chegar a qualquer hora. E eles têm de aproveitar.

Mesmo com média de idade baixa, o Inter é um time respeitável?
Somos um time respeitável, certamente. Pela grandeza do clube, pela qualidade dos jogadores que temos no elenco. Temos muitos jogadores jovens, sim. Mas jogadores de futuro, com sangue, que querem algo mais na carreira e que não deixarão de dar seu máximo para conquistar os objetivos que traçamos para a temporada.

Como é a cobrança interna?
Temos sempre de nos cobrar. Nos jogos, principalmente. Não queremos perder, não queremos errar. É importantíssimo a concentração aos 90 minutos e a cobrança ajuda na concentração. É importante dizer que estamos começando um trabalho de longo prazo. Sabemos que temos de ganhar os jogos e atuar bem. Só assim iremos crescer.

O Inter estará pronto para o Brasileiro já em maio?
Temos condições de começar bem o Brasileiro. E sabemos disso pela qualidade que vemos em todos os jogadores, todos os dias. Por mais que seja nosso objetivo maior no ano, quero pensar no Brasileiro só mais para a frente, para não perder o foco no Gauchão.

Argel modificou tua forma de jogar em 2016.
Estou mais à vontade em campo. O Argel pediu que eu saísse mais esse ano, uma vez que temos jogadores que podem desempenhar a primeira função, mais defensiva. Já com o Nilton era assim, tanto ele quanto eu tínhamos liberdade para sair. Com o Fernando Bob é bom porque é um companheiro que gosta de vir de trás, de armar jogadas desde a grande área. Acaba abrindo esse espaço para eu subir, ele faz minha cobertura.

Essa postura mais livre é o legado de Argel para o teu futebol.
Ele contribuiu demais para minha melhora. Como primeiro volante, eu aparecia mais lá atrás. Sempre jogava atrás da linha da bola. Agora, um volante sai e outro fica. Quando deu o problema do doping do Nilton e do Wellington, Argel me chamou e me perguntou se eu poderia jogar mais livre. Eu disse que já havia atuado assim na base. A partir daí, ele disse que iria me testar nesta formação. Eu estou pronto.

Você tem feito algum tipo de preparação especial para evitar lesões?
Muita gente fala que jovem não pode parar de correr, não pode cansar, não pode lesionar. A carga para os jovens é a mesma que para os mais velhos. O desgaste é muito grande. Passei por lesões na base, dificultaram minha sequência para subir ao profissional. Operei joelho em 2014. Faço musculação para prevenir lesões, com trabalhos passados pelo professor Élio Carravetta e com o João Goulart (preparadores físicos do Inter). Agora estou fazendo fisioterapia, ao menos duas vezes por semana. Cuido bastante do adutor, de vez em quando volta a doer.

Como você lida com as constantes comparações entre você e Falcão?
É gratificante, né? Foi um dos maiores, o Rei de Roma. Particularmente não gosto muito de comparações. Qualquer comparação. O Falcão foi um cara acima da média e essa comparação pode me pressionar, fazer com que me cobrem mais. Eu tento fazer o meu caminho. Sei que as críticas sempre existirão, é algo normal no futebol.

E teu futuro? Quais teus planos?

Estou muito feliz no Inter, é bom dizer. Eu sou muito tranquilo em relação a especulações. Provavelmente, mais para a frente, posso ir para a Europa. A especulação sempre vai ter. Já me colocaram em um monte de times. A maioria é sondagem. Eu gosto muito futebol inglês, seria o máximo da carreira disputar a Premier League. Meu sonho, antes de tudo, é ser campeão brasileiro pelo Inter. Quero isso desde pequeno, na base. Mais para a frente eu penso na Europa, sem dúvida, o sonho de todo jogador.

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