Uma notícia preocupante agitou os bastidores do futebol brasileiro nesta sexta-feira (5).
Segundo o portal GE, o cartão amarelo recebido por Ênio, atacante do Juventude, na partida contra o Vitória — válida pela 1ª rodada do Campeonato Brasileiro — está sob investigação por suspeita de manipulação de apostas esportivas.
O alerta surgiu após casas de apostas detectarem um volume atípico de movimentações apostando que o jogador receberia um cartão.
De acordo com os relatórios, em uma das operadoras o número de apostas em cima de um cartão para Ênio chegou a 10% do total apostado na partida, quando o normal seria algo próximo de 1%. Em outra casa, os valores ultrapassaram os 10 mil euros (cerca de R$ 64 mil).
O caso foi imediatamente reportado à CBF e ao Governo Federal, que já acompanham investigações sobre fraudes no futebol brasileiro por meio da AESP (Autoridade de Governança do Futebol e Apostas Esportivas).
Se confirmadas as irregularidades, o episódio pode ganhar proporções semelhantes às do escândalo do “jogo manipulado” de 2023.
Mais grave ainda: entre os apostadores suspeitos, três são atletas, o que é proibido pela legislação vigente e pelas regras da própria CBF.
As identidades ainda não foram reveladas oficialmente, mas a investigação já está em curso e deve ouvir jogadores e representantes das casas envolvidas.
O cartão em questão foi recebido por Ênio ainda no primeiro tempo, em um lance aparentemente banal, e pode ter sido deliberado para beneficiar apostadores.
O Juventude, por enquanto, não se manifestou oficialmente, e o jogador também não deu declarações.
O caso liga o alerta no Brasileirão e reacende o debate sobre os limites e os riscos da relação entre futebol e apostas no Brasil.