A polêmica envolvendo o pênalti não marcado em Rogel, no empate sem gols entre Fortaleza e Internacional, segue ganhando novos capítulos — e agora com um ingrediente a mais:
O Comitê Consultivo da CBF se posicionou e respaldou a decisão do VAR, que não recomendou revisão do lance. Mas o que mais chamou a atenção foi a explicação dada pelo grupo.
Em parecer enviado à Comissão de Arbitragem, o Comitê afirmou:
“O atacante da equipe do Internacional/RS criou o contato ao se aproximar do defensor, colocando seu rosto na disputa da bola. Não há imprudência, e tampouco, jogo perigoso.”
A frase provocou revolta nos bastidores do Beira-Rio — e também nas redes sociais. Rogel é zagueiro, e o simples fato de o parecer confundi-lo com um atacante já gerou críticas quanto à seriedade e ao cuidado na análise da jogada.
O Comitê ainda alegou que David Luiz não cometeu falta, e que o contato se deu por ação do próprio jogador colorado, que teria “colocado o rosto” no lance.
A leitura contrasta com o que boa parte da torcida e da imprensa enxergou ao vivo: um pé alto em direção ao rosto de um atleta tentando cabecear a bola — jogada que, em outras ocasiões, já rendeu marcação de penalidade e até cartões.
O presidente do Inter, Alessandro Barcellos, já havia se manifestado no domingo chamando o erro de “crucial” e pedindo mais responsabilidade da arbitragem.
O clube também demonstrou incômodo pelo fato de a arbitragem da partida não ter sido afastada, diferentemente do que aconteceu com os envolvidos em Sport x Palmeiras e Inter x Cruzeiro.
Com o silêncio da CBF e a decisão de proteger a equipe de arbitragem sob o argumento de “lance interpretativo”, a revolta colorada cresce.
E o clássico Grenal, no próximo sábado (20), promete ter um clima ainda mais quente fora das quatro linhas.