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| Foto: Divulgação / Vitória |
Na última sexta-feira, a Justiça de São Paulo absolveu Francisco José de Godoy Antunes Ferreira. O empresário tinha um processo em que era acusado de ter adulterado uma troca de e-mails entre o Vitória e a CBF na transferência do zagueiro Victor Ramos ainda na temporada de 2016.
Estes documentos foram usados pelo Inter no STJD na temporada de 2017, visando que o Vitória perdesse pontos por conta de ter utilizado o zagueiro Victor Ramos de forma irregular no Brasileiro de 2016, uma vez que o atleta foi inscrito pelo time baiano através de uma negociação “nacional”.
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A entidade, porém, através do Delegado de Polícia e Auditor do STJD, Mauro Marcelo de Lima e Silva, entendeu que o clube gaúcho havia falsificado a troca de e-mails e, desta forma, após denúncia e julgamento, o Inter acabou sendo multado em R$ 720 mil pelo STJD.
Entenda o caso:
Como pertencia ao Monterrey, do México, Victor Ramos, que na época estava emprestado ao Palmeiras e foi repassado ao Vitória, deveria ter sido inscrito dentro da janela de transferências “internacionais”.
Isso ficou claro nas trocas de e-mails entre o diretor de registros da CBF, Reynaldo Buzzoni, e o diretor do Vitória, Anderson Barros. Em uma das mensagens o próprio dirigente da entidade maior do futebol escreveu que o “Monterrey teria que fazer um pedido de retorno do empréstimo e aí entrar na Fifa pedindo a liberação desse novo empréstimo”.
Um pouco depois, o integrante do departamento de registros da CBF, Bernardo Zalan, avisa que “será necessário o retorno do empréstimo para o México e um novo pedido de empréstimo para o Vitória. Mesmo para outro clube do mesmo país é necessário o retorno do ITC [Certificado Internacional de Transferência] para o México para depois gerar um novo empréstimo para o clube brasileiro”.
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Desta forma, o Internacional tinha razão em reclamar e ir à justiça, buscando os seus direitos. Com a decisão da Justiça Paulista, fica claro que o Vitória deveria ter perdidos pontos no Brasileiro e, assim, ter sido rebaixado à série B no lugar do colorado. Isso porque perderia pontos dos jogos em que contou com o defensor inscrito irregularmente.
O Auditor que acusou o Inter de ter falsificado os documentos, porém, usou às suas redes sociais para se manifestar no último sábado, após ter conhecimento da decisão da Justiça de São Paulo.
“A Justiça Comum ratifica a falsificação do documento, mas absolve o falsificador. Já o clube, foi condenado pelo STJD pelo uso desse documento falso”, escreveu Mauro Marcelo.
Confira a publicação:
A Justiça Comum ratifica a falsificação do documento, mas absolve o falsificador. Já o clube, foi condenado pelo STJD pelo uso desse documento falso. pic.twitter.com/9CYmRh1yck— mauromarcelo (@delegadomauro) 21 de outubro de 2018