Eleições no Inter: PDC divulga estratégia para indicar um novo nome à presidência
Mesmo com o futebol ainda parado por causa da pandemia, as eleições do clube seguem de pé e já é possível identificar nomes e tendências para disputar a cadeira de Marcelo Medeiros no mês de dezembro.
Uma grande novidade entre os movimentos que estão na disputa pela Presidência é a possibilidade forte de uma candidatura do O Povo do Clube (PDC). O grupo, que nunca concorreu a eleição majoritária, ainda não possui um candidato definido, mas vem crescendo rapidamente e se destacando por trazer grande renovação aos quadros políticos colorados nos últimos anos. Cada vez mais distantes de José Aquino por insatisfação com sua forma de condução na Presidência do Conselho Deliberativo, (afirmam que ele não é o indicado do movimento para a disputa) projetam a construção de uma candidatura própria de forma não usual e dizem ter apoio da arquibancada para isso.
Um dos conselheiros do movimento, Ricardo Branco Rogoski, em entrevista exclusiva à Revista Colorada, comentou um pouco sobre a estratégia que será adotada:
“Esta é uma ideia que está em evolução e no momento bem adiantada, tendo surgido praticamente como um apelo de torcedores que nos seguem, muitos se dizendo cansados da velha política no Inter e que não se sentem representados pelos dirigentes tradicionais. O Povo do Clube é um movimento oriundo da arquibancada, somos torcedores comuns, dialogamos diariamente com a torcida e assim começamos um planejamento estratégico que depois serviu de gatilho para a construção de um plano de gestão. O nosso projeto já começa diferente do que normalmente se vê no clube pois ele não é baseado em nomes. Nosso foco desde o começo foi debater e traçar diretrizes e ideias para o clube e suas diferentes áreas. Depois de consolidada esta etapa em debates com a torcida, aí sim poderemos identificar as pessoas que são qualificadas e alinhadas com estas ideias e valores. Estamos agindo diferente dos movimentos tradicionais que sempre procuraram reunir “figurões” e construir candidaturas baseadas no “Dr. Fulano e no Dr. Cicrano”, para nós o mais importante não são os nomes, mas um projeto para que o clube possa evoluir e avançar. Isso, além de ser uma construção coletiva que nasce de muito debate sobre o que a gente identifica como problemas e potencialidades no Inter, deixa também a porta aberta pra agregar pessoas de fora do movimento que queiram romper um ciclo vicioso, concordem com o projeto, se identifiquem com ele e queiram somar“, enfatiza Ricardo.
Vale lembrar que O Povo do Clube possui hoje cerca de 70 cadeiras no Conselho Deliberativo do Internacional. Questionado sobre como vê o cenário político e a movimentação das demais possíveis candidaturas, o conselheiro respondeu:
“Ainda é muito cedo para cravar quem irá concorrer, mas uma coisa que posso te afirmar com toda certeza é quem não pode concorrer! Temos visto com muita apreensão uma movimentação em clima de pré-campanha do Alexandre Chaves Barcellos, atual integrante eleito e reeleito do Conselho de Gestão. Acontece que, apesar da sua insistência, a norma estatutária é muito clara e não lhe permite concorrer, por isso seguiremos atentos e iremos denunciar qualquer tentativa de rasgar o Estatuto para construir o que seria uma candidatura golpista desesperada e uma grande crise política para manter o mesmo grupo de sempre no poder”.
Além do O Povo do Clube, existem outros dois movimentos que largam forte na disputa pela cadeira mais almejada do clube. Confira como anda a situação atual de cada grupo e quais os seus possíveis indicados/candidatos:
MIG -> A tendência é que o maior grupo político do clube e base da atual gestão indique Alexandre Chaves Barcellos para a disputa da presidência, sem novidade e apesar dos questionamentos a respeito da viabilidade estatutária de sua candidatura. Ele já vem atuando na gestão do clube ao lado de Marcelo Medeiros como atual Vice-Presidente eleito e sua indicação já era esperada, uma vez que Roberto Melo -que já foi o mais cotado- passou a ser nome com grande rejeição na torcida. Vale lembrar que o MIG possui a maioria das cadeiras no Conselho Deliberativo do Internacional, totalizando 109.
INOVE-> Uma das possibilidade é o nome de José Amarante, que na última eleição fazia parte do Movimento Sócio Deliberativo. Porém, nada está definido até o momento, segundo o movimento. O Inove hoje conta com cerca de 50 cadeiras no Conselho Deliberativo do clube.
Pergunta para se fazer aos amigos colorados: Quem vem mais forte na disputa para assumir a cadeira do “boss”?