O jogo começou arrasador. O Inter tinha o domínio da partida e trocava passes com extrema facilidade no campo de defesa do Criciúma. Chegou a marcar dois gols em 15 minutos, mostrando a eficiente mecânica de jogo com Dourado, Edenílson e Damião no time. Após o gol de Cuesta, o Inter apagou, deixando espaços para que o Criciúma fizesse seu jogo.
O colorado tentava controlar a partida, mas o recuo custou caro – o adversário explorou a fragilidade do lado direito da defesa do Inter, composta por Danilo Silva e Alemão, e empatou o jogo no estádio Heriberto Hülse.
Para mudar o panorama do jogo inaceitável que o Inter fazia, Guto substituiu D’alessandro por Camilo, enfurecendo o argentino e a torcida, que não ficaram nada feliz com a troca. Carlos entrou no lugar de Pottker, que pouco acrescentou à partida. E a substituição criticada acabou surtindo efeito – Camilo fez um lindo lançamento para Carlos que sacramentou a vitória colorada.
Mas não precisava ter sido tão sofrido. Guto deixou o Inter jogar de forma passiva por muito tempo. O técnico ganha crédito pela substituição decisiva, mas perde quando permite que o Inter tenha uma queda brusca de rendimento em um jogo que poderia ser vencido sem grandes dificuldades, bastasse apenas explorar o melhor que o time pudesse oferecer.
Guto foi irresponsável. Deixou o time parar por completo para tomar uma atitude. É fato que o acesso à série A está praticamente garantido, mas isso não dá ao técnico o direito de deixar o Inter prostrado em campo.