PDC cobra explicações da direção e da FGF quanto a valores pagos pelo registro de atletas

Segundo maior movimento político do Inter, o “O Povo do Clube” divulgou nota neste sábado cobrando explicações da direção colorada e da Federação Gaúcha de Futebol.

Isso porque, nos registros dos atletas do clube, o montante pago à FGF é superior ao estipulado pela CBF.

“A tabela de emolumentos da CBF estabelece o teto máximo de R$ 8.800,00 para registro de cada atleta com remuneração acima de 50 salários-mínimos, enquanto o Inter desembolsou no ano passado quantias de R$ 20.000,00 e R$ 40.000,00 para o registro de atletas na FGF com este nível de remuneração (média de 200% de excesso em relação ao tabelado pela CBF). Somados os registros realizados em 2019, estimamos que este gasto pode ter chegado próximo ao patamar de 300 a 500 mil reais acima do valor estipulado pela CBF”, escreveu o PDC.

“Nos causa estranheza a inexistência no site da FGF de qualquer tabela de emolumentos para taxas de registros, revelando uma preocupante falta de transparência. Em pesquisa via internet, encontramos tabelas de emolumentos de diversas Federações Estaduais e nenhuma delas cobra valor superior a R$ 3.000,00 para o registro de atletas”, completou a nota.

O PDC ainda revela que tentou, junto ao Conselho, que o clube ou a entidade se manifestassem, mas sem sucesso até aqui.

“Diante de tais preocupantes constatações, solicitamos esclarecimento ao Conselho de Gestão do Internacional acerca dos altos valores pagos pelo Clube, através de requerimento protocolado na secretaria do Conselho Deliberativo no dia 23 de abril de 2020. Recebemos resposta no dia 13 de maio, informando que a FGF foi consultada pela Gestão para este esclarecimento e, até o momento, não houve resposta esclarecedora. O prazo para nova resposta da FGF, dada pela gestão, já foi ultrapassado há mais de uma semana”.

Confira a nota abaixo:

“O Povo do Clube, desde a sua fundação, defende mais TRANSPARÊNCIA e mais FISCALIZAÇÃO nas contas da gestão do clube. O discurso não tem validade se não é colocado em prática. Sendo assim, no início deste ano solicitamos a abertura dos números das rubricas “Obrigações Legais” e “Despesas Financeiras” executadas em 2019, as quais haviam extrapolado significativamente o valor orçado no planejamento inicial aprovado.
Durante o aprofundamento da fiscalização, solicitamos vistas a notas fiscais de alguns dos gastos apresentados, onde detectamos valores pagos pelo clube à Federação Gaúcha de Futebol (FGF) referentes a “Taxas de Registros de Atletas”, que são muito superiores aos valores tabelados pela CBF e por outras Federações estaduais.

A tabela de emolumentos da CBF estabelece o teto máximo de R$ 8.800,00 para registro de cada atleta com remuneração acima de 50 salários-mínimos, enquanto o Inter desembolsou no ano passado quantias de R$ 20.000,00 e R$ 40.000,00 para o registro de atletas na FGF com este nível de remuneração (média de 200% de excesso em relação ao tabelado pela CBF). Somados os registros realizados em 2019, estimamos que este gasto pode ter chegado próximo ao patamar de 300 a 500 mil reais acima do valor estipulado pela CBF.

Nos causa estranheza a inexistência no site da FGF de qualquer tabela de emolumentos para taxas de registros, revelando uma preocupante falta de transparência. Em pesquisa via internet, encontramos tabelas de emolumentos de diversas Federações Estaduais e nenhuma delas cobra valor superior a R$ 3.000,00 para o registro de atletas.

Diante de tais preocupantes constatações, solicitamos esclarecimento ao Conselho de Gestão do Internacional acerca dos altos valores pagos pelo Clube, através de requerimento protocolado na secretaria do Conselho Deliberativo no dia 23 de abril de 2020. Recebemos resposta no dia 13 de maio, informando que a FGF foi consultada pela Gestão para este esclarecimento e, até o momento, não houve resposta esclarecedora. O prazo para nova resposta da FGF, dada pela gestão, já foi ultrapassado há mais de uma semana.

Portanto, até agora nem o Conselho de Gestão e nem a FGF souberam explicar como foram estabelecidos estes valores de taxas de registro de atletas, nem o motivo da grande diferença de valor cobrado em relação ao fixado pela CBF e outras federações estaduais. O nosso requerimento com os questionamentos foi enviado como cópia também para o Conselho Fiscal do clube, que até o momento não se manifestou de nenhuma forma.

Pretendemos fiscalizar cada vez mais profundamente as contas das gestões, pois acreditamos que a fiscalização realizada pelo Conselho Fiscal e pelas auditorias independentes não são suficientes, da maneira como são realizadas atualmente. Lutamos também pela criação de uma CENTRAL DE FISCALIZAÇÃO, onde qualquer conselheiro(a) e até mesmo sócios(as) poderiam ter acesso mensal aos números abertos das contas e às respectivas notas fiscais, aumentando a transparência e o poder de fiscalização”.