Erick Jardim: A História de Paulinho, o Capitão do Tri Mundial – Parte 1

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Foto: Divulgação 


A história do capitão do tri Mundial do Inter. O que aconteceu até a chegada ao topo pelo time que ele ama.

Porto Alegre, 17 de Dezembro de 2006. Cerca de duas horas após Fernandão erguer a taça de Campeão do Mundo, nascia o pequeno Paulo Fernando da Silva, o Paulinho. Seus pais, Francisco e Paula da Silva eram dois jovens de classe média baixa, moradores da periferia da capital gaúcha. Francisco, além da emoção pelo nascimento de seu filho, também estava emocionado pelo título conquistado por seu time do coração horas mais cedo, lamentando o fato de seu pai não estar mais presente para dividir com o filho a emoção no dia mais feliz de sua vida.


Francisco e Paula eram jovens na época. Ele tinha 26 anos, ela 22, e ambos nutriam dois amores em comum: Paulinho e o Sport Club Internacional. Tanto era o amor pelo Inter que o nome do filho deles foi inspirado nos maiores ídolos do clube. Paulo foi em homenagem a Paulo Roberto Falcão, grande ídolo do pai de Francisco, que contava histórias de como o lendário camisa 5 colorado alegrava a torcida nos gloriosos anos 70. Fernando foi em homenagem a Fernando Lúcio da Costa, o herói que acabara de erguer a taça mais importante da história do time de seu coração.


O nascimento de Paulinho estava previsto para ocorrer na segunda quinzena de Janeiro de 2007, mas parece que o destino guardava algo especial para este menino que nascia no dia mais importante da história do Sport Club Internacional. Será que Paulinho também conquistaria o Mundo?


A primeira roupa usada por Paulinho, já no quarto do Hospital Conceição, foi um tip top vermelho com um “1909” estampado no peito. Os pais apresentavam com o maior orgulho o seu herdeiro para todos, onde que por mais que esta herança não fosse uma herança material, Paulinho era herdeiro de algo muito maior: o amor nutrido pelo Clube.


Passados alguns dias os pais voltaram para casa, levando consigo o mais importante troféu de suas vidas: seu filho. Francisco estava orgulhoso de poder mostrar seu filho para todos os familiares, dizendo que Paulinho seria um novo Fernandão, que seria um grande jogador, enquanto Paula, brincando, dizia que o filho deveria pensar, antes de tudo, nos estudos.


Francisco sonhava em levar seu filho ao estádio, como seu pai fizera inúmeras vezes na antiga Coréia, com Francisco na garupa tentando buscar o melhor ângulo possível para ver o Inter em campo. Francisco imaginava como seria a primeira vez com o filho no Beira-Rio, mostrando ao filho sua segunda casa, o lugar onde ele foi forjado como um verdadeiro e presente torcedor.


Os meses se passaram, e a festinha de 1 ano de Paulinho teve como tema o Inter(não poderia ser diferente), tempo em que Paulinho sempre fixava o olhar para tudo que tivesse a cor vermelha. Era o indício de que Francisco estava certo, e seu filho se tornaria mais um apaixonado pelo Colorado.


Continua na Sexta-Feira, 19/05/2017.

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