Após laudo do IGP, Delegada da Polícia Civil fala sobre o caso Edenilson
O jogador do Inter afirma ter sofrido injuria racial do lateral-direito português
Depois do Instituto Geral de Perícias (IGP) divulgar o laudo da leitura labial de Rafael Ramos no jogo entre Inter e Corinthians, quando afirmou que não foi possível identificar se o jogador cometeu racismo, a delegada da Polícia Civil de Porto Alegre que cuida do caso falou em entrevista à Rádio Guaíba.
“Existem várias formas de provas. A perícia é um meio de provas e ela é inconclusiva. Os peritos alegaram que com as imagens fornecidas não se podia concluir. Isso não significa que o Rafael Ramos não tenha chamado ou tenha chamado. Apenas que esta prova não pode ser considerada para o indiciamento”, explicou Ana Caruso.
“Nós temos o depoimento do Edenilson, e outros fatores a serem investigados. Já no depoimento do Rafael Ramos existem algumas divergências, com as versões que ele apresentou. Ainda que a Polícia Civil não avance com a denúncia, o Ministério Público tem sua própria investigação e pode prestar a denuncia”, completou ela.
Logo depois do IGP informar que não foi possível identificar se o jogador do Corinthians cometeu racismo, Edenilson se manifestou nas redes. O jogador mudou o seu nome no Instagram para “macaco” e fez um desabafo.
“Não iriam nos calar? Já nos calaram. Se ofendidos aceitem, engulam a seco. Finjam que não escutaram, é uma luta desleal, é uma luta inconclusiva”, escreveu o volante.