MP classifica gestão passada como “associação criminosa”

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Foto: Divulgação 


Depois de cumprir mandatos de busca e apreensão na casa dos dirigentes do Inter no biênio 2015/2016, e o Ministério Público concedeu entrevista coletiva para falar sobre as Investigações. Segundo divulgado na manhã desta quinta-feira, as provas coletadas revelam uma “associação criminosa” no comando da equipe gaúcha na gestão passada. 

O Ministério Público informou que pelo menos 28 empresas estão sendo investigadas por envolvimento no desvio de recursos do clube gaúcho. 


“Aquela gestão 2015/2016 foi praticamente uma associação criminosa. O Inter é uma entidade privada, os crimes ocorrem no âmbito privado. Se tivesse agente público, era um grande sistema de corrupção. Não sendo, é associação criminosa”, afirmou Marcelo Lemos Dornelles, subprocurador-geral de Justiça do Rio Grande do Sul. 

Também citou que seis dirigentes que comandavam o Inter no período são investigados. Vitório Piffero, ex-presidente, Pedro Affatato, ex-vice de finanças, Alexandre Limeira, ex-vice de administração, Emidio Marques Ferreira, ex-vice de patrimônio, Marcelo Domingues de Freitas e Castro, ex-vice jurídico, e Carlos Pellegrini, ex-vice de futebol colorado. 

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“O braço administrativo, financeiro e patrimonial estava ligado às obras. Foi apurado pelo Ministério Público que 94% das notas fiscais (apresentadas por empresas terceirizadas) não correspondiam aos serviços prestados. Também obras não realizadas no CT de Eldorado (NE: Guaíba, em área cedida pelo governo do RS). Não havia sequer autorização de órgãos públicos para realização de obras lá”, afirmou Flávio Duarte, promotor de Justiça e comandante do GAECO – Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado. 


Não existem prazos para que as investigações sejam concluídas. No entanto, já se pode afirmar que Vitório Píffero tinha conhecimento dos fatos. 

“No futebol foi identificada relação de um empresário com Carlos Pellegrini. O vínculo era anterior à contratação, incentivando contratação, ou depois. Os valores vinham para justificar a contratação ou para o clube acelerar as comissões de intermediários. Houve pagamento por fora, comprovado, entre empresários e o dirigente do clube”, afirmou Duarte.

Para finalizar, o órgão também confirmou que o departamento jurídico do clube tinha envolvimento com os desvios na gestão passada.


“No âmbito jurídico, houve isso. O clube acertava acordos relacionados à Vara Trabalhista e a primeira parcela, sempre a primeira parcela, era destinada ao vice jurídico. Nunca de forma direta. Havia toda uma triangulação”, finalizou o promotor.

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