Começamos amanhã (4) nossa caminhada para a conquista da América. A conturbada Santiago será o palco da primeira decisão do Inter na temporada, e o adversário, a tradicional Universidad de Chile.
Os comandados de Coudet vêm mostrando disciplina para se adaptar ao novo esquema proposto pelo treinador. Nos primeiros jogos, a equipe apresentou um bom volume de ataque, com jogadas de triangulação e subida dos laterais, mas algum nível de insegurança defensiva, em especial na bola área. A sequência de treinamentos deve resolver ou, ao menos, minimizar esse problema, visto que a dupla de zaga colorada conta com os excelentes Víctor Cuesta e Rodrigo Moledo, a revelação Bruno Fuchs e o promissor Pedro Henrique como alternativas.
Apesar de todas as questões técnicas e táticas que podem ser discutidas, acredito que o fator decisivo para um bom resultado na estreia da competição continental passe pelo psicológico dos jogadores. Libertadores é uma competição que exige força mental, foco e concentração máxima. Claro que bons jogadores são essenciais, mas não necessariamente determinantes.
Analisemos, como exemplo, a final da edição passada entre Flamengo e River Plate: o time do Flamengo tinha, teoricamente, os melhores atletas. Apesar disso, perdia o jogo até os últimos minutos. A virada histórica para cima dos argentinos veio muito mais impulsionada pelo componente mental da equipe no momento definitivo do que, propriamente, pelo talento de seus jogadores.
Se os onze escolhidos por Chacho para entrar em campo amanhã estiverem mentalmente preparados para enfrentar um jogo que envolve essa alta carga decisiva, apesar de ser apenas a estreia, a chance de vitória é real. Confio na qualidade do grupo e no trabalho que está sendo desenvolvido, ainda que de forma inicial. Todo o planejamento colorado para a temporada passa por essa partida, não há espaço para erros. Chegou a hora: tudo é Libertadores.
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