Com família no RS, zagueiro de clube da Série A cobra paralisação do Brasileirão
O Rio Grande do Sul está enfrentando o maior desastre ambiental da sua história. Centenas de cidades foram atingidas por enchentes, deixando milhares de pessoas desabrigadas. A Defesa Civil também aponta que mais de 100 mortes já foram confirmadas.
Diante deste cenário, a CBF adiou os jogos dos times gaúchos por vinte dias, mas optou por não paralisar o Brasileirão. Por conta disso, o zagueiro Bruno Uvini, que está no Vitória e defendeu recentemente o Grêmio, afirmou que o certo seria a interrupção imediata do torneio. Além disso, ele ainda revelou que a família segue em Porto Alegre sem conseguir viajar a Salvador.
“Não seria leal com eles. Todo mundo continuando e esse pessoal não tendo onde treinar, ajudando a salvar vidas. Do nada, eles têm que voltar e jogar muitos jogos seguidos. Não é justo e mostra pouco da nossa solidariedade como ser humano. Talvez não entendamos ainda o quão sério é. Se entendêssemos, seria paralisado. Fica minha opinião: deveria ser paralisado para ficar mais justo para eles depois. Ficamos na esperança de tudo melhorar. Eu, particularmente, pela família. Meus filhos e minha esposa ainda estão lá, tentando vir para cá”, iniciou o jogador, que ainda afirmou que os atletas do Grêmio estão abalados.
“Pela internet, é trágico, mas quando você tem alguém lá dentro, consegue ter uma dimensão mais real. É muito triste. Os colegas do ex-clube, que é o Grêmio, estão realmente muito abalados com tudo, porque estão participando como voluntários. Eu não vejo uma forma rápida desse pessoal se prontificar a jogar uma partida, que demanda tanto do psicológico”, finalizou Bruno Uvini em coletiva.