D’Alessandro foi convidado do programa “Bem, Amigos”, de Galvão Bueno, na segunda-feira. O ex-jogador foi questionado se estaria na mesma prateleira de ídolos como Falcão e Fernandão, mas deixou isso para a torcida.
“Não posso me colocar em um lugar desse, porque acho que o primeiro erro que podemos ter é se colocar na história de um clube. Quem pode te colocar é o torcedor, que vai criando uma empatia. Nunca imaginei ter essa relação, mas ele, o torcedor, te coloca na posição que você merece ou na posição que ele acha que deve estar. E em um clube como o Inter, no qual passaram vários jogadores que ganharam mais do que eu, vou levar para o resto da vida”, disse o argentino.
D’Ale comentou, também, a sua saída ao River Plate em 2016, quando o Inter acabou caindo para a série B. O argentino voltou ao clube no ano seguinte e ajudou no retorno do time à elite do futebol nacional.
“Eu saí no começo do Campeonato Gaúcho, acredito muito na união. Diretoria, jogadores, todos. Quando uma perna não funciona, depois começa a desestruturar. Senti que não tinha como fazer o trabalho de 2015, que chegamos na semifinal da Libertadores, tinha uma história que tinha que cuidar. Para seguir com o que a gente conquistou era difícil, mas para destruir é rápido. Nunca me senti fora do clube, por isso que fui para o River Plate. E quando o Inter caiu, não tinha como dar as costas para o clube”.
O argentino deixou os gramados no último dia 17, quando, inclusive, marcou um dos gols do Inter na vitória sobre o Fortaleza por 2 a 1.
“Minha história no clube não fechou, alguma coisa irá acontecer e preciso me preparar, adquirir conhecimento para que a gente possa num futuro trabalhar dentro do futebol e de repente dentro do Inter. Não é fácil, tenho que assimilar essa etapa que fechou”, afirmou D’Ale.
Pelo Colorado, D’Ale atuou em 529 jogos, marcando 97 gols e dando 113 assistências. Ele também participou de 12 títulos com a camisa vermelha.