Delegada revela detalhes dos próximos passos da investigação de injuria racial contra Edenilson
O volante do Inter acusa o lateral-direito Rafael Ramos, do Corinthians
O caso envolvendo o possível ato de racismo contra o volante Edenilson terá novos capítulos nesta segunda-feira. Quem garante isso é a delegada Ana Luiza Caruso, responsável pela 2ª Delegacia de Polícia Civil de Porto Alegre.
Segundo ela, em entrevista à Rádio Gaúcha, será acionado o Instituto Geral de Perícias para que seja feita uma leitura labial avaliando as imagens do confronto entre Inter e Corinthians, que empataram em 2 a 2 no último sábado pelo Brasileirão.
“Já foram ouvidos tanto os envolvidos como o árbitro. Agora, vamos contar com a perícia para ver se consegue fazer a leitura labial para dar seguimento ao inquérito. Já vai ser instaurado a partir de amanhã (segunda-feira) e, em pouco tempo, teremos a finalização dele, remetendo para o Judiciário “, afirmou ela.
O jogador do Inter acusou o lateral-direito português de chamá-lo de macaco aos 31 minutos do segundo tempo. Já o atleta do Corinthians alegou ter falado outra palavra, que não foi compreendida pelo volante do Inter.
“A gente espera contar com a ajuda do IGP porque, embora pareça que realmente um jogador chama o outro de macaco, a defesa está alegando que foi um mal entendido. O Edenilson realmente não esboçou nenhuma reação momentânea, mas, segundo o depoimento do árbitro, ele o procurou para dizer que teria sido injuriado”, seguiu a Delegada.
Por conta do ocorrido, o jogador do Corinthians foi preso em flagrante pela Polícia Civil e teve que pagar fiança de 10 mil reais para poder deixar o estádio Colorado no último sábado.