Diretor da base do Inter fala sobre formação de atletas que venceram a Copa do Mundo com a Argentina
A Seleção Argentina conquistou o título da Copa do Mundo no último domingo depois de superar a França nas penalidades. Um dirigente do Inter tem papel fundamental na formação de alguns dos jogadores da equipe do país vizinho.
Em entrevista para o portal GZH, o atual diretor esportivo das categorias de base do Inter, Gustavo Grossi falou sobre a formação dos atletas que fizeram parte do grupo que conquistou a Copa do Mundo.
Dos campeões do mundo que foram formados no River Plate, quatro tiveram participação do dirigente que atuava na equipe Argentina antes de ser contratado pelo Colorado.
O atacante Julián Álvarez, os meio-campistas Enzo Fernández e Exequiel Palacios e o lateral Montiel tiveram participação direta de Gustavo Grossi na sua formação.
“Enzo Fernández sempre foi capitão na sua categoria, demonstrando liderança, talento e hierarquia. O caráter foi aprofundando, mas ele sempre se mostrou uma referência futebolística de talento no clube. Começou jogando como volante pela esquerda, no Defensa y Justicia jogou como primeiro volante e, na volta ao River Plate, destacou-se como um volante mais adiantado centralizado”, afirmou Gustavo Grossi.
“Marcelo (Gallardo) era o diretor-geral do futebol do River. Eu era um elo entre ele e os treinadores das inferiores. Uma das minhas responsabilidades era garantir que os técnicos iriam executar na base a proposta de jogo. Não é normal que um treinador se interesse pela sub-12, sub-10. O Gallardo sempre se interessou nisso, mas ele viajava, tinha os compromissos do profissional. Eu precisava ser os olhos dele”, completou o dirigente do Internacional.
O dirigente do Colorado também falou sobre o atacante do Manchester City que virou parceiro de Messi durante a Copa do Mundo.
“Julián não é um 9, extrema ou segundo atacante, ele pode fazer tudo. Mentalmente, sempre foi muito bem. Ele é fora da curva na compreensão do jogo e nível intelectual. Julián subiu para o profissional, estava no elenco campeão da Libertadores de 2018 (chegou a entrar na final contra o River) e seguiu morando no alojamento do clube. Era um menino que com 17 anos não podia sair para a rua e enfrentar a imprensa, o assédio, e ele aceitou isso. Esse equilíbrio para nós foi fundamental”.
“Ele tem um talento prodígio, é um jogador “sem teto” de evolução. Temos que ver se ele vai seguir a evolução, a busca por sempre crescer e seguir evoluindo. Vale para o Enzo (Fernández) também. Eles são prodígios, não é normal o que apresentam”, completou ele.