Entrevista com o candidato à presidência do Inter, Alessandro Barcellos

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No dia 15 de dezembro, no 2º Turno das eleições, o sócio do Internacional poderá votar e conhecer seu novo presidente para um mandato de três anos. Antes dessa data, nos dias 26 e 27 de novembro, ocorrerá o 1º Turno no Conselho Deliberativo, quando os Conselheiros votam as 2 chapas que irão para o pátio.

A Revista entrevistou os quatro candidatos ao pleito, para entender os planos de gestão de cada um, conhecer as ideias para o futebol do Inter e projetar permanências para o ano de 2021. Ao todo, seis perguntas idênticas foram feitas aos candidatos. Em função da recente troca do comando técnico, houve uma adaptação na pergunta referente ao treinador para a próxima temporada. A publicação das respostas será de acordo com a ordem que cada chapa respondeu a entrevista.

O quarto candidato entrevistado é Alessandro Barcellos, dos movimentos Academia, Inove e Convergência. Confira:

Revista: Com a recente mudança no comando técnico, Abel Braga é um nome a ser debatido para renovação de contrato para próxima temporada?

Alessandro Barcellos: Estávamos fechados com o Coudet. Mas, em assumindo o Abel, torcemos pelo sucesso dele na casamata.

  • O candidato enviou para nossa redação sua expressão pública sobre a chegada do treinador Abel Braga ao Inter. Segue:

 

Revista: Quais novidades ou diferenciais que a sua chapa tem em relação aos concorrentes e em relação à própria gestão atual?

Alessandro Barcellos: Nós temos um projeto sólido e sabemos como fazer. Temos a capacidade técnica e de executar e não apenas ter ideias soltas. Vamos dar maior protagonismo a gestão profissional, à ciência e ao método. Ênfase em planejamento, mas principalmente em EXECUÇÃO. Tudo sobre 5 pilares: futebol, marketing, financeiro, patrimônio estratégico e operações. Com planos de ação bem definidos e não negociáveis. No futebol com uso apropriado da ciência de dados vamos criar um ciclo radical da base para o profissional. Usar modelos autorais e científicos para contratação. Criar um processo de formação de conhecimento nos atletas, integração aos que chegam e com isso buscar desenvolver uma maior inteligência emocional de todos dentro do elenco e comissão técnica.

Revista: A sua chapa pretende contar com Rodrigo Caetano em 2021?

Alessandro Barcellos: Rodrigo Caetano é um dos principais executivos de futebol do Brasil. Nossa ideia é apresentar o projeto primeiramente a ele para que avalie e, conforme sua aderência ao que queremos para o Inter, possamos tomar uma decisão. Queremos ter no Internacional os melhores executivos, porém nada será tratado fora dos nossos objetivos e metas. De qualquer forma acreditamos que todo o grupo atual, diretor executivo, comissão técnica, e jogadores devem estar com contratos vigentes no mínimo até o final da temporada em fevereiro de 2021 para que o clube não sofra solução de continuidade.

Revista: O executivo de futebol é uma peça imprescindível no organograma funcional de sua gestão?

Alessandro Barcellos: Não há a menor dúvida. Nossa ideia é que o profissionalismo assuma cada vez mais o protagonismo da gestão no departamento. Um trabalho com base na ciência de dados, gestão de pessoas e processos firmes. Isso deve ocorrer não só no futebol, mas também em todas as áreas chaves do clube. Esses são os nossos propósitos.

Revista: Qual o projeto para venda do naming rights do Gigantinho e do Beira-Rio?

Alessandro Barcellos: Em relação ao Gigantinho existe um processo em andamento coordenado pela atual gestão. Precisamos avaliar as condições da proposta e a transição formal desse processo no debate dentro do Conselho deliberativo. Sobre o Beira Rio qualquer processo deve passar também pela análise do contrato atual vigente com a BRIO.

Revista: O Inter, se comandado pelo conselho de gestão encabeçado pelo senhor, se compromete a fazer um 2021 sem déficit e com um time competitivo para que Coudet possa nos colocar novamente no caminho dos títulos?

Alessandro Barcellos: Iremos radicalizar naquilo que já começamos em 2020, quando Alessandro Barcellos esteve no futebol, dando muita ênfase em processos sólidos, e através de um modelo inovador com capacidade de capturar jogadores de alto potencial com custos menores. O uso da ciência de dados buscando construir a partir do que já existe em termos de modelos e acrescentando a construção de um modelo próprio do Internacional com ferramentas e dados. O plano fundamental é estabelecer processos de gestão interno modernos e ágeis, com alta capacidade de monitoramento na execução em todas as camadas. Eles são os pilares para construção do nosso projeto de gestão de futebol com o Inter podendo mais. Queremos fazer o Inter cada vez maior e explorando todo o seu potencial.

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