Erick Jardim: “Devemos Começar do Zero”

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Foto: Divulgação



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O Inter vive uma das maiores crises de sua longa e linda história. Estamos vivendo um pesadelo que parece não ter fim. Ainda restam esperanças, e, enquanto tivermos, lutaremos em busca de nosso modesto objetivo.


Vencemos muito na última década, e isso, obviamente, aumentou nossa exigência para com o clube. O Inter soube se antecipar à chegada da Lei Pelé, através de Fernando Miranda(grande presidente), fazendo com que o clube se preparasse e obtivesse a devida valorização aos atletas das categorias de base. De fato inovamos, e este foi o alicerce de nossa empreitada rumo aos títulos, tão almejados por toda a torcida. Com o passar dos anos foram chegando atletas com “fome” de conquistas, com longos contratos fazendo com que tivéssemos uma base de equipe formada ao longo dos anos. Os resultados vieram. O clube foi pioneiro no Brasil na captação de sócios, a base foi reestruturada e o clube colheu aquilo que começou a plantar no início dos anos 2000.


Fernando Carvalho foi um grande presidente. Seguiu o trabalho feito anteriormente com grande competência e sabedoria fazendo do Inter o maior campeão da década.


Infelizmente, tudo aquilo que citei acima é passado. Paramos no tempo como instituição. Abrimos mão do crescimento e o clube se acomodou acreditando que o que fora feito anteriormente seria o suficiente para manter o clube no topo. Os rivais se igualaram, criaram um modelo de gestão parecido com aquele que deu certo há 10 anos, e hoje, fomos ultrapassados de forma avassaladora. Talvez esteja aí a tal “arrogância” citada num texto que saiu há alguns dias. A arrogância tomou conta do clube, e não da torcida. A torcida é a mesma torcida que sofria nos anos 90, a mesma que comemorava títulos nos anos 2000.


É hora do Inter se reinventar, começar do zero, buscar alternativas para alcançar o que mais interessa no futebol: Títulos. O porém é: Títulos não chegam se não existe responsabilidade.


Pouco se fala no nome que salvou o Inter da falência(Aod Cunha), que viu que o clube não poderia reformar o Beira-Rio com recursos próprios, e infelizmente, o mesmo não teve continuidade no clube.


O Inter sempre foi um time de futebol acadêmico, de toque de bola, com jogadores de técnica apurada. É assim que conquistamos o Brasil na década de 70. O clube precisa ter definida uma filosofia de futebol definida, com alguns esquemas táticos já estabelecidos da base ao profissional, como no Barcelona. Se devemos copiar ou implementar algo parecido no Inter, que seja baseado num projeto que deu certo. O clube deve contratar um treinador baseado em sua filosofia, aliás, o que Abel, Aguirre e Argel tem em comum? Todos começam com a letra A. Seria tão mais fácil se o atleta da base subisse ao profissional conhecendo a forma de jogar da equipe, com a mesma base de treino desde cedo. O clube deve contratar jogadores que se encaixem na forma de jogar da equipe.


O Inter é um clube de futebol, mas um clube de futebol também é uma empresa, que se bem gerida, terá todas as condições de ganhar todos os prêmios possíveis(títulos) baseados na gestão. Devemos ter responsabilidade com uma empresa que gera mais de 300 milhões de reais por ano. As receitas devem ser usadas com inteligência, profissionalizando o clube de ponta a ponta, buscando os melhores profissionais para cada área.


No final do ano teremos eleições para a presidência do clube e para o Conselho Deliberativo, e principalmente nas eleições para o Conselho, temos que valorizar, e muito, o nosso voto.


É hora de começar do zero. É hora de recomeçar, antes que seja tarde demais. Estamos brigando para não cair, mas se o clube continuar sendo conduzido da forma que está sendo atualmente, teremos muitas brigas contra o rebaixamento pela frente. Não queremos isto para o Inter.




Vamos apoiar o time dentro de campo. Quinta-feira venceremos mais esta batalha. 






#SomosInter



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