Ex-dirigente do Inter diz que Coudet usou “grupo curto” como mecanismo de defesa após insucessos
Ex-vice-presidente eleito do Inter, Alexandre Chaves Barcellos concedeu entrevista à Rádio Gaúcha e falou sobre a saída de Eduardo Coudet, em novembro de 2020. Para o ex-dirigente, o técnico argentino começou a falar em grupo curto para se defender de maus resultados.
“Evidente que ele sabia (elenco curto). O Coudet é tão atualizado e conhece tanto que foi ele, e não o CAPA, que observou o Matheus Jussa. Então, como um treinador que encontra um jogador desses, não vai saber se o grupo é curto, médio ou largo? E até acho que o grupo do Inter não era curto, tanto que foi vice-campeão nacional. Essa história de grupo curto era grande bobagem que começou a ser vendida como mecanismo de proteção do treinador”, disse ele.
“Ele começou a ter resultados que não esperava e começou a se vacinar sobre eventuais novos insucessos. Isso foi o que evidentemente aconteceu. Atingiu um patamar que talvez não esperasse e depois se protegeu batendo de frente com o Rodrigo Caetano e comigo dizendo que o grupo era curto. E o próprio grupo estava um pouco cansado disso. Vocês sabem como funciona o vestiário. Essa relação intrincada do treinador com a direção foi construída por ele, não por nós. O Abel Braga veio em momento de crise no clube”, completou Barcellos.
Eduardo Coudet comandou o Inter de janeiro até novembro de 2020 e, mesmo tendo contrato até o final de 2021, decidiu por deixar o clube gaúcho e aceitar a oferta para trabalhar no Celta de Vigo, da Espanha.