Herick Alves: És D’Alessandro!
Ao fim de 2015 eu pedia a sua saída, D’Alessandro. Eu achava você velho demais para o Inter e que seu ciclo tinha acabado. Na minha cabeça, era melhor sair como ídolo do que se queimar mais adiante. Enfim, 2016 chegou e D’Alessandro saiu. Sim, D’Ale nos disse “adeus”.
Era 3 de fevereiro quando o Inter anunciou uma entrevista coletiva e o gringo, com os olhos cheios de água, anunciou seu retorno ao River Plate. Eu chorei junto com você, D’Alessandro.
Mas tudo bem, nem tudo tem só lados ruins. Eu achava que eram tempos de renovação para o Inter. O tempo passou, nada se renovou, o Inter se rebaixou, e sabem por que? Porque não tinha D’Alessandro no elenco. Isso é triste, mas é verdade.
No início de 2017 o nosso gringo voltou e eu chorei de novo. Mas agora era um choro de alegria. Tipo quando o pai volta de viagem depois de muito tempo ser ver o filho. D’Ale é nosso pai, precisamos dele.
Jogo após jogo, D’Alessandro me mostra o quão estúpido eu era em pedir a sua saída. NENHUM clube no Brasil tem um jogador que ao menos se assemelhe à Andrés Nicolás D’Alessandro. Ele é único. Ele é do Inter.
É extremamente lindo e contagiante ver D’Alessandro em campo, ainda mais em um Grenal. D’Ale impõe medo e respeito. É a personificação dos torcedores. Só sei que me arrependo de ter pedido sua saída, D’Ale. Tu és demais.
Ontem mais uma vez vi do que você é capaz. Aquele gol me emocionou.
O Inter estava há dois anos sem fazer um gol de falta. D’Alessandro foi lá, pegou a bola, ensinou como se cobra uma falta e assinou uma pintura.Com o gol de hoje, D’Alessandro ultrapassou Fernandão e Falcão em número de gols com a camisa do Inter. Isso é simplesmente magnífico! Ontem ele entrou e mudou totalmente a cara do time do Inter, mudou o jogo! O cara é fera.
Que D’Alessandro fique o tempo que quiser conosco. Nosso amor e idolatria por você serão eternos, D’Ale!
Sinto pena de quem não tem um D’Alessandro no time. Ontem, D’Alessandro completou 349 jogos com a camisa do Inter e fez o seu gol de número 78 pelo Colorado.
D’Alessandro conquistou por aqui 1 Libertadores, 1 Sul-Americana, 6 Campeonatos Gaúchos, 1 Recopa e 1 Recopa Gaúcha. D’Alessandro é Inter, meus senhores. Se orgulhem disso!
Eu vou contar aos meus netos sobre D’Alessandro assim como me contaram sobre Falcão.
Indescritível o sentimento de ter alguém como D’Alessandro no time do coração. É mais que um jogador. É ídolo. É capitão. É guerreiro. É craque. É torcedor! Meus sentimentos para quem não tem um D’Alessandro no seu time. Eu sinto muito!
Direi aos meus netos que vi o maior gringo que pisou em solos gaúchos jogar no Inter e fazer o que ele têm feito. Direi que vi um jogador jogar por amor e honrar o manto! Direi que vi D’Alessandro fazer história no meu clube do coração.
Ao fim do jogo, ao ser perguntado se estava bem e se podia dar mais ao Inter, Andrés respondeu assim: “Cara, se eu não pensasse que posso mais, dar mais pro clube, que eu não posso me esforçar e me dedicar sempre, eu ficaria em casa”.
Muito obrigado por tudo, D’Alessandro. Tu és único. Não nos abandone jamais! Que D’Alessandro vire treinador, presidente, sei lá. O que ele quiser, mas não nos abandone após sua aposentadoria!
Como joga esse tal de D’Alessandro, é coisa louco, meus amigos! Ele sim merece uma estátua!
Uns tem ídolos, só nós temos D’Alessandro!
És um craque, és Mandrake, és D’Alessandro!