Integrante da Comissão Patrimonial detona gestão por atropelos na condução da reforma do Gigantinho
Através das redes sociais, o Conselheiro do Inter pelo “O Povo do Clube”, Wellington Silva, criticou a gestão pela forma como vem conduzindo a questão da reforma do Gigantinho.
Confira o texto publicado pelo Conselheiro abaixo:
A condução da Gestão nesse processo sempre tentou escantear a comissão patrimonial do Conselho Deliberativo e, como de praxe, sempre faltou com transparência no processo. Após quase um ano de insistência, tivemos 2 reuniões junto a Gestão, mesa do CD e comissão de Novos Negócios.
Na 1ª das reuniões apresentamos parecer que por unanimidade desqualificava as propostas de reforma apresentadas por entender q elas não atendiam aos interesses do patrimônio do clube. Nesse parecer arrolamos uma série de questões para negociação e possível melhoria nas propostas.
Nessa reunião onde apresentamos essas ponderações que tinham exclusivamente o objetivo de resguardar os interesses do clube, fomos, enquanto comissão, execrados pelo Conselho de Gestão, que através da figura do seu presidente Marcelo Medeiros, mostrou não suportar o contraditório.
Em todo o processo, e isso pode ser aferido facilmente através de uma retrospectiva das matérias ventiladas na imprensa, sempre houve uma predileção por uma parceria com a DC SET. Sendo que a proposta desta empresa nunca se mostrou indiscutivelmente a melhor entre as 3 recebidas.
Na última reunião que tivemos sobre o tema, há cerca de 2 meses, nos foi apresentado o resultado da nova negociação com as empresas. Onde as propostas sofreram algum tipo de melhoria, mas, seguiam com questões importantes a serem dirimidas no intuito de se poder avançar.
Nessa reunião, o Conselho de Gestão deu um ultimato a mesa do conselho deliberativo/comissões, dizendo que a gestão não discutiria mais o tema e que o seu parecer era que se fechasse o contrato com a DC SET. E que aguardaria o momento de levar ao plenário (sabendo q tem maioria).
No entanto, o Conselho de Gestão não consegue e nunca conseguiu fundamentar a escolha por essa empresa. A proposta da DC SET é a mais temerária ao clube pois manifesta que só entraria em um negócio de 40 anos, manifestando intenção de cláusula de renovação automática após 20 anos.
Ela também não trás o maior investimento financeiro no patrimônio do clube dentre as propostas, a DC SET oferece um investimento geral de 25 milhões, sem entrar no mérito do quanto seria investido em patrimônio e qt será em equipamentos p/ o ginásio (retirados ao fim da parceria).
Para uma comparação muito rápida e singela, a proposta de outra concorrente (Imply) prevê o investimento de 42 milhões, um aporte inicial de quase 70% a mais do que a proposta disposta pela DC SET. Para concluir, esse relato/desabafo:
A comissão patrimonial tentou de todas as formas evitar um conflito público deste negócio, tentando, mesmo com todos os atropelos por parte da gestão, garantir um ambiente saudável e transparente para o andamento do processo. Não foi possível. O que vemos hoje publicado no site, um vídeo do Alexandre Pires circulando no WhatsApp, é um sinônimo do desrespeito e leviandade com o qual a atual gestão trata as coisas do clube, fazendo uma campanha rasa e egoísta, entendendo o Inter como seu botequim, que faz e deixa de fazer o que quer e como quer.
Pra tranquilizar a todos colorados(as) que leem essas palavras, saibam que não existe nada fechado, que obrigatoriamente essa matéria precisará ser aprofundada no clube e votada no CD, para que a mesma, quando definida, seja um sinônimo de avanço para toda torcida colorada.
Meu desabafo em relação ao gigantinho tem o único objetivo de explicar que esse processo ainda precisa e deverá ser debatido internamente no clube. A campanha pública que a gestão disparou desde ontem com o tema trás por si só o prejuízo ao clube e ao andamento deste projeto.
— Welington Silva (@interwelis) October 14, 2020