Inter diz que Bruno Gomes não rescindiu e cogita até mesmo ir à FIFA pela joia da base

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Foto: Divulgação / Estoril 



O atacante Bruno Gomes retornou ao Inter em junho deste ano, após empréstimo de um ano ao Estoril, de Portugal. Aqui, o jogador ficou por cerca de um mês e já se encontra novamente trabalhando na equipe portuguesa. Porém, a sua rescisão com o Inter ainda passa longe de ser um assunto resolvido entre o atleta e o departamento jurídico do clube gaúcho. 


Com processo que está em curso na justiça, o Inter nega que o jogador, de fato, tenha conseguido sua liberação nos tribunais e cogita até mesmo ir à FIFA, onde denunciaria o Estoril por “aliciamento”. O imbróglio entre as partes se dá desde que o jogador retornou de empréstimo. O time português fez uma oferta de compra, que foi rechaçada pela direção colorada. 


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Bruno Gomes, então, trabalhou normalmente aos comandos de Guto Ferreira, que o relacionava para os jogos. O último em que esteve concentrado com o restante do elenco foi diante do ABC. Após isso, de acordo com o Inter, o atacante alegou lesão e não apareceu mais para treinar no Beira-Rio. 


Paralelo a isso, os representantes de Bruno Gomes entraram na justiça pedindo a rescisão do seu contrato com o Inter. Porém, o requerimento foi indeferido em primeira e segunda instância. Desta forma, os seus advogados entraram com um habeas corpus, que conferiu ao jogador o direito parcial de liberdade para trabalhar onde achasse melhor. Com este documento em mãos, os procurados do jogador enviaram a decisão a Confederação Gaúcha e a CBF. Assim, ele teve a rescisão publicada no BID no dia 18 de agosto. 


O Inter, então, entrou com requerimento por entender que a CBF e a FGF interpretaram “erroneamente” os documentos. De acordo com o jurídico do Inter, em nenhum momento fica claro que o jogador, de fato, rompeu seu vínculo com o clube gaúcho. Ele entende que o contrato do atacante segue em vigor, porque as cláusulas para sua rescisão não foram cumpridas. 


“Não houve rescisão. Existe uma ação em curso, na qual ele pleiteou a rescisão, e isso não foi deferido. Ele entrou com habeas corpus, houve um deferimento parcial, que teria liberdade para trabalhar onde quisesse. Mas o tribunal não rescindiu. Essa decisão foi encaminhada para a FGF e a CBF que interpretaram erroneamente. Entramos com recurso. A ministra esclareceu que não rompeu o contrato. Assegurou o direito de trabalhar onde quiser. Estamos aguardando posição. Pode romper o contrato, mas há consequência para isso. A Justiça não declarou rompido”, afirma o vice-presidente jurídico do Inter, Gustavo Juchem, ao GloboEsporte.com.


O Inter vive, então, a expectativa que a justiça de parecer favorável co clube e que o jogador não tenha o seu contrato rescindido. Paralelo a isso, o Inter ainda espera que os trâmites para a sua chegada ao Estoril não sejam concluídas antes do dia 31, quando a janela para saídas ao exterior se fecha – o que iria impossibilitar Bruno Gomes de atuar com a camisa do time português. 


Inter pode ir a Fifa:


Aguardando a decisão na justiça, o Inter também estuda acionar o Estoril na Fifa por “aliciamento”. A proposta em junho e o modo com que o jogador deixou o clube serviriam como evidências de que o time de Portugal utilizou outros meios para ter o atleta sem custos.  


“Entendemos que é um caso de aliciamento. Em junho, recebemos a proposta oficial, que não aceitamos. O que não quer dizer que não possa ser negociado. Houve essa tentativa de contratá-lo de graça. Segue o processo. Se isso se confirmar, nós vamos discutir. Existe uma demanda trabalhista em andamento. O contrato está em vigor. Ele não foi rompido. Até pede que seja rescindido, mas até o momento não houve decisão favorável. Não há enfim condição legal. Há a proposta formalizada. O que mostra a intenção prévia dele e do clube. Foi o mecanismo usado para não arcar com os custos financeiros”, disse Juchem.

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