Novo Mundial de Clubes poderá pagar mais de R$ 100 milhões

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Foto: Divulgação / Inter 



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Gianni Infantino, presidente da FIFA, tem se encontrado constantemente com dirigentes das Confederações de Clubes para explicar a proposta de um grupo de investidores que pretendem colocar R$ 85 bilhões em dois novos torneios para o futebol. Um deles é o Campeonato Mundial turbinado com 24 equipes, sendo que 12 destas da Europa e até 5 da América do Sul. 


O torneio seria realizado a cada 4 anos e para justificar o novo formato de competição estaria Justamente o dinheiro disposto a ser investido pelos patrocinadores. Se comparado ao atual formato, o Mundial de Clubes tem uma diferença obscena de valores. 


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Segundo o colega Marcel Rizzo, do site UOL Esportes, para se ter uma ideia as equipes da Europa poderiam faturar até US$ 30 milhões (R$ 106 milhões) caso se tornassem Campeões Mundiais. O Real Madrid, que venceu a última edição, nos Emirados Árabes, recebeu R$ 5 milhões (18 milhões). 


O presidente da FIFA ainda diz que isso é apenas uma estimativa e que os valores a serem recebidos pelos clubes participantes da maior competição do planeta poderiam ser ainda maiores. Se comparado ainda as equipes brasileiras, significaria, por exemplo, mais da metade do que o Vasco arrecadou na temporada de 2017, quando embolsou R$ 192 milhões. 


Não por acaso os sul-americanos são totalmente favoráveis ao novo formato da competição. Pelo projeto, o novo Mundial seria disputado a partir do ano de 2021, entre os meses de junho e julho, a cada 4 anos, com sede fixa nas datas que até a temporada passada ficavam disponíveis para a disputa da Copa das Confederações. 


Este torneio, aliás, não rendia muito para a FIFA e deverá ser extinto pela entidade. A ideia inicial é que haja oito grupos de três equipes, com o campeão passando para as quartas e iniciando a partir daí o mata-mata até a grande decisão. 


“Os participantes seriam 12 europeus, quatro sul-americanos garantidos, dois da Concacaf, dois da África, dois da Ásia, o país-sede e, na última vaga, mais um sul-americano ou o campeão da Oceania, que decidiriam a classificação numa repescagem”, escreveu O Blogueiro. 


Segundo ele, os europeus, porém, não são tão favoráveis ao novo formato da competição devido ao inchamento do calendário. Mesmo que o valor seja maior e que se aproxime dos R$ 200 milhões que as equipes europeias recebem caso se consagrem Campeões da Liga dos Campeões, a ideia não agrada a maioria dos clubes da Europa. 


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Uma das observações feitas por dirigentes da UEFA é que este novo torneio realizado pela FIFA disputaria patrocinadores com a Liga dos Campeões, tirando valores do maior torneio da Europa. Justamente por isso o presidente da FIFA tem se reunido com os clubes para mostrar que pode ser o inverso. O mundial mais forte poderia atrair mais dinheiro para a própria Liga dos Campeões, segundo Infantino. 


Recentemente, o mandatário da FIFA se encontrou com representantes do Bayern de Munique, do PSG e da Inter de Milão. No entanto, até o momento chama a atenção a ausência de que clubes como Real Madrid e Barcelona, além da Premier League – primeira divisão do Campeonato Inglês. A intenção, assim, seria conseguir o máximo de apoio possível para, somente após, consultar as equipes citadas acima. 


No mês de março, em reunião em Bogotá, na Colômbia, o tema foi colocado em pauta, mas acabou não sendo aprovado. A ideia é que, a partir de reuniões que vem acontecendo constantemente, o novo formato seja aprovado e seja colocada para votação em junho, quando o conselho se reúne novamente em Moscou, na Rússia, na véspera da Copa do Mundo que será disputada no país. 

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