Thiago Stormovski: Torcer para seu clube custa caro até para se vestir

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Não é segredo que a elitização do futebol tem tomado conta do mundo há muitos anos. Constantes crises, aumento populacional e, mais recentemente, derivação de pandemia, fizeram com que não apenas o esporte, mas viver tenha se tornado cada vez mais difícil. Pois bem, nesta semana, a fornecedora de materiais esportivos do Internacional divulgou a informação que as camisas do clube custarão R$ 400,00, algo que revoltou gregos e troianos e resultará naquilo que tem sido tendência: O afastamento ainda maior do seu povo junto ao clube.

É claro que há opções alternativas no mercado para se aproximar da compra em valores mais em conta, mas o bom torcedor gosta mesmo da originalidade. Contudo, ser original vale quase que a metade de um salário mínimo no Brasil. Além disso, não é apenas se vestir que está sendo caro no futebol. Somando ingressos, deslocamento e alimentação, não é exagero dizer que acompanhar seu clube se torna quase que um privilégio mensal.

Sabe-se que as equipes são reféns disso, mas é inevitável lembrar que se tratando de Inter, fala-se do Clube do Povo. Aquele mesmo, que já teve ingressos a 1 real, que trocava entradas por promoções de uma fornecedora de café e que sempre se preocupou em ter o seu povo próximo.

Resta aguardar que recado será dado às próximas gerações. Se tem algo próximo de camadas mais pobres no esporte, com certeza é o futebol. Mas como é possível convencê-los disso, se até para se vestir, o custo é alto.

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