Thiago Stormovski: Assistir o Inter de Mano é como tomar um dramin
Se você falar que o Inter atualmente irrita o torcedor, eu não vou concordar. Isso porque o time comandado por Mano Menezes está longe de chegar a qualquer nível de atuação que gere aceleração no organismo. Uma equipe sem competitividade, que não ganha divididas, cria através do bumba meu boi e se defende com passividade, resulta no desejo de um sono profundo.
Há um mês escrevi que o Inter poderia ser pragmático, mas provavelmente, seria competitivo em tudo que disputasse, como a maioria dos times comandados pelo ex-treinador da Seleção. Assim como tudo no futebol, o enredo se modificou. O problema é que a mudança assustadora do Colorado nos últimos cinco jogos não foi apenas de perda de competitividade, mas de uma morte súbita de tudo aquilo que foi bem construído no trabalho.
Você pode ficar irritado durante toda a semana com o time do Inter, mas basta ligar a televisão após o apito inicial e sua fúria será substituída por uma vontade de dormir. A sensação de tomar um remédio para enjoo, que de maneira instantânea lhe apaga, foi mais uma das proporcionadas no fiasco vermelho em Minas Gerais.
Quando se perde a característica até mesmo de um time aguerrido, não há outras soluções, é preciso mudar rápido, não pela perspectiva de mais um ano de fracasso da atual gestão, mas também de uma situação ainda mais assustadora, que pode colocar o time na briga pelo pesadelo, em que o fantasma já está batendo na porta.