Vice de finanças do Inter justifica situação econômica do clube e mantém otimismo: “Não são dívidas de execução imediata”
Na última quinta-feira, o jornalista Rodrigo Capelo, do Globo Esporte, trouxe uma informação que deixou a torcida do Inter aflita. Segundo ele, o clube gaúcho teria cerca de R$ 316 milhões em dívidas de curto prazo (que teriam que ser pagas ainda em 2020).
Porém, isso não procede, segundo o vice-presidente de finanças do Inter, Lauro Hagemann. O dirigente falou à Revista Colorada nesta sexta-feira sobre a matéria divulgada no portal, trazendo a posição do clube.
“Todas as dívidas que o clube tem são dívidas equacionáveis. Não são dívidas de execução imediata. Tu tem recurso dentro dos contratos que estão vigentes para fazer frente a isso. É uma estratégia da presidência e do Conselho de Gestão de ir buscar uma linha de crédito, um financiamento para suportar algo que a gente não consiga fazer frente. Quem é no mundo que tá vivendo bem? Nem banco está emprestando dinheiro porque tem medo de não receber de volta. Se os bancos que são as máquinas de fazer dinheiro estão retraídas em uma situação difícil… Quem dirá o Inter, os clubes de futebol que neste momento tiveram um momento de catástrofe mundial. O mundo inteiro está de joelho em uma situação dessas”, explicou o vice de finanças.
“Uma coisa é você olhar um balanço, uma peça orçamentária, outra coisa é a gente, no decorrer do ano, fazer todos os movimentos e adotar todos os esforços possíveis para enfrentar isso. O trabalho está sendo feito com transparência e seriedade. Nós temos condição de ajustar isso com os nossos credores, para que isso não se torne uma coisa insolvente. O Giovane Zanardo já foi atrás das instituições onde a gente tem crédito aberto pra avaliar com eles a sensibilidade de cada um pra gente fazer uma negociação. Se for necessário, a gente vai efetivar esses contatos para que isso seja alterado efetivamente, para que a gente alongue esses contratos e diminua a despesa mensal”, completou o Lauro Hagemann.
Com dificuldades financeiras, o Inter demitiu 43 funcionários recentemente e ainda reduziu o salário dos jogadores em 25%. Além disso, parte dos direitos de imagem dos atletas será paga pelo clube somente em 2021 ou quando algum jogador for negociado.
Nesta linha, hoje o atleta que mais tem chances de deixar o Colorado é o zagueiro Bruno Fuchs, que vem recebendo consultas de clubes do exterior. Além dele, Gustavo Nonato é outro ativo do clube, que pode ser negociado nesta janela de transferências.