William Pottker explica escolha pelo Inter: “Um clube grande, que ficaria momentaneamente na Série B”
Foto: Divulgação / Inter |
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O atacante William Pottker concedeu entrevista para o site Uol Esporte e falou sobre as coisas do Inter. O jogador, que no último Brasileirão foi o artilheiro da competição, disse que não pensou duas vezes antes de acertar com a equipe Gaúcha, mesmo tendo interesse de outros grandes do futebol Brasileiro.
“É uma boa pergunta. Muitas pessoas me perguntaram isso. Financeiramente foi de suma importância, também, não posso omitir isso. Mas foi por ser o Inter. Um clube grande, que ficaria momentaneamente na Série B. Ficaria seis meses e depois voltaria para Série A, e eu estaria em um time grande, com chances de título. O Inter fez uma proposta para mim antes mesmo de eu ser craque e goleador do Paulistão. Antes de eu conseguir estes objetivos, já tinha um pré-contrato assinado com o Inter. Sendo artilheiro do Brasileirão passado, o Inter acreditou em mim, no campeonato que eu poderia fazer. Se o Inter tivesse esperado, talvez não tivesse me contratado porque outros times entrariam na disputa e seria mais complicado. Mas pelo Inter confiar e mim e acreditar que eu pudesse fazer um bom Paulista, fizeram um pré-contrato. Eu fiquei muito feliz pela confiança e vim para cá para atingir os objetivos”, explicou o atacante.
Sobre a chegada ao Inter e como estava o ambiente naquele momento, Pottker afirmou que quando chegou existia muita desconfiança em cima da equipe e citou, que por algumas vezes, escutou que o time deste ano era o pior da ‘história’.
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“Eu vinha de um bom ano pela Ponte Preta em 2016. Quando cheguei, vi uma diferença enorme de pensamento. Muitos pensamentos negativos que vinham de fora, era ‘extra’ do Inter. Muitos disseram que o Inter neste ano tinha um dos piores times da história. Pelo contrário, vejo nossa equipe encaixada, diferente do começo da Série B. Por serem jogadores novos, a maioria jamais tinha jogado juntos, o entrosamento leva tempo. Quando conseguimos, mostramos o que mostramos hoje. A maioria dos nossos jogos fizemos mais de dois gols, pela característica do Inter jogar, amassando o adversário. Fico feliz. Fico feliz porque hoje, quando vejo o que eu passo, não se compara ao que passei aqui naquele começo de Série B”.
Questionado sobre a artilharia da série B e se ainda é possível sonhar com ela, o atacante do Internacional disse que sim e lembrou de 2016, quando citou que o momento era parecido.
“Ano passado nessa época eu estava assim, com Grafite e o Fred na frente. Eu acabei encostando neles na reta final, fiz alguns gols e empatei. Hoje o Henan, do Figueirense, que está em primeiro, é um grande jogador, um ótimo finalizador, já joguei com ele. É um concorrente muito forte. O mais forte de todos na concorrência, porque o menino do Juventude (Tiago Marques) está machucado. Mas vamos pensar primeiro no objetivo coletivo, que é o acesso, e depois no objetivo individual”.
William Pottker também foi solicitado quanto a sua posição. Para o jogador, ele pode jogar tanto pelos lados, quanto por dentro, centralizado.
“É uma coisa muito de jogo. Sempre joguei pelos lados, a base toda, no Linense-SP, onde me destaquei bastante, foi pelos lados. Na Ponte Preta, tenho perto de 50 jogos, sendo 23 pelos lados e 27 centralizado. É uma questão de jogo. Me sinto bem aberto ou centralizado. Para mim o importante é estar perto do gol. Quando jogo aberto e consigo chegar no gol adversário, fico feliz. Estou acostumado a fazer gols, dar assistências. Então, quando fico longe do gol, me sinto mal. Particularmente eu vejo muita importância em ajudar na marcação, e quanto mais próximo do gol eu puder chegar, melhor. Independentemente do posicionamento, aberto ou centralizado, o importante é chegar na frente e poder concluir”
Para finalizar, explicou como foi o início da sua carreira, antes de ficar conhecido como jogador de grande valor na Ponte Preta.
“Comecei minha carreira no Figueirense, subi da categoria de base para o principal, fiz poucos jogos. Depois fui emprestado ao Linense, fiz um 2015 bom, joguei no Braga, de Portugal, voltei e acabei indo para Ponte Preta. Na época o Botafogo e o Santos também queriam minha contratação. Optei pela Ponte. Não foi má escolha, a vida é feita de escolhas, foi uma escolha certa e deslanchei lá… Eu saí de casa muito cedo para fazer testes no Figueirense. Tive chance de passar e logo cedo comecei minha carreira. Minha estrutura familiar é a mesma de muitos jogadores de futebol. Família humilde, mas que sempre foi dependente apenas dela mesmo. Meu pai trabalhava, me sustentava, tínhamos o que precisávamos para viver naquele momento. Éramos muito felizes assim. Fico feliz hoje de dar algo mais para eles. Vivemos para isso, para dar isso aos nossos familiares. Meu pai ainda trabalha, minha mãe é dona de casa (moram em Florianópolis), cuida de meus irmãos (Pottker é o segundo de sete irmãos)…”